A guarda compartilhada divide de forma equilibrada o tempo de convivência e responsabilidade entre os pais e permite que as crianças se adaptem à nova vida muito mais fácil.
Não são todos os casais que conseguem manter um bom relacionamento depois do fim da união. Após a separação, caso não haja entendimento entre as partes, os filhos são os que mais sofrem. Se não existe um consenso , as crianças passam a ser disputados ou simplesmente afastados de uma das partes. A guarda compartilhada não permite que isso aconteça.
Em dezembro a presidente Dilma Rousseff sancionou o projeto de lei que altera o Código Civil e torna a guarda compartilhada regra no país. Essa medida sempre será a primeira opção em caso de separação dos pais, ao menos que haja algum motivo excepcional que será analisado pelo juiz.
A guarda compartilhada não pode ser confundida com a convivência alternada. A ideia da criança dormir cada dia em uma casa não é saudável para o desenvolvimento dela. O objetivo é que a criança possa conviver com ambos de uma maneira equilibrada e que as decisões sobre a vida dela continuem sendo tomadas em conjunto.
O ideal é que a criança tenha uma residência fixa (do pai ou da mãe) próxima de escola e outras atividades e que seja combinado os dias que irá ficar na sua “outra casa”, de preferência dias e horários que não altere muito a sua rotina. O mais importante é que a presença e participação dos dois continue constante.
Para casos de pais que optam por mudar para uma cidade ou país diferentes, esta decisão também deverá ser de comum acordo e o contato deverá ocorrer com o máximo de frequência possível. A intenção é que a criança também não se sinta abandonada, mesmo que haja afastamento físico.
A felicidade da criança é a prioridade e por mais difícil que seja para os pais, manter uma relação com o mínimo de respeito só irá contribuir para que ela se adapte melhor à nova situação. O mais importante é que a ela entenda que houve a separação, mas o amor dos pais por ela continua o mesmo.
O fim da relação não dá o direito de nenhuma das partes se abster das responsabilidades e convivência com os filhos. O casal optou por viver vidas separadas, mas não podem se esquecer que ainda tem em comum o maior bem de todos.